DRUNKEN BUTTERFLY

Cultura underground e textos doentios

quarta-feira, junho 28, 2006

ESTES BARES DA VIDA : Lancheria Central

Sem dúvida, um dos botecos mais antigos de Caxias. Está no mesmo local há 35 anos. Fica na Galeria Central, em frente aos Correios (para quem conhece, na Galeria do prédio do Guido). O bar também é conhecido como “bar do Tio do 1 real”.
Esta denominação extra-oficial teve origem no tempo em que íamos comer e tomar café depois dos ensaios (Aphasia/Violência Verbal). A galera pedia quanto custava um pastel, e o velhinho respondia, com seu sotaque gringo carregado: “É UM reAAAAALLL”. Parece ridículo, mas o pessoal ia só para se deitar nisso.
O bareco é tocado por este simpático senhor e sua esposa. A mulher é tri gringona e um dia me xingou quando fui comprar cigarro :
“Estas merdas aí, nem sei o nome de todos, mas é tudo porcaria igual. Pra quê tu fuma, oooo gurrri !!!???”
Mas a cena mais cômica de todas, vou contar agora : Certa feita, estava eu tomando meu café pra fumar (salve, Raul !), quando chegou um vendedor de cartão para celular :
- Boa tarde, seu ! Tudo bem?
- Tudo bem – respondeu o dono do bar
- Trouxe seus cartões. Quantos vai querer?
- Eu pedi faz 20 dias atrás. Agora não quero mais.
- Bom, mas tenho seu pedido – insistiu o vendedor
- Mas vai tomar no cu da fia da puta – disse o velho – Eu queria antes, agora não quero mais. Fiquei sem cartão e perdi de vender. Tu saiu de Carnaval com as tuas putas e não veio aqui me vender. Agora que terminou teu dinheiro, tu aparece. Vai tomar no cu, do caralho da tua mãe, seu puto,etc.
O vendedor se mandou. Silêncio no bar. Eu quis sair de fino, mas o velho me viu e contou toda a história. Depois de 15 minutos me enchendo de palavrão, ele concluiu:
- Agora vou ter que ir em alguma loja, comprar cartão de celular!
Putz, foi muito engraçado. Muito boteco, muito roots!!!
O lugar é massa, com os velhos balcões de fórmica e vidros ensebados. Destaque para a pilha de laranjas usadas para fazer suco e uma mistura punkzona de canha, limão e vermute (?). É gostosa, mas nem é bom pensar em como foi feito...
Nível de botequice : 8,5

segunda-feira, junho 26, 2006

beim...

Último dia de aula na faculdade..... que alívio!!!
semana que vem, faço prova, apresento o trabalho final e adiós!!!
Preparem o fígado!!!!!!

domingo, junho 25, 2006

Domingo à tarde

Doce é lembrar do seu sorriso e descobrir que ele não mudou
Doce é ouvir o barulho da chuva e olhar nos seus olhos
Doce é escutar as músicas velhas e saber que ainda provocam os mesmos sentimentos
Doce é rir das loucuras do passado e planejar as do futuro
Doce é dialogar contigo, mesmo quando não estás presente
Doce é sonhar com o dia em que te abraçarei apertado
Doce é possuir uma aliança que nos unirá para sempre
Doce é escrever inspirado pelo calor da paixão
Doce é ter você

sábado, junho 24, 2006

RESENHA DA SEMANA : Jet (Get Born)


A Austrália tá foda! E não estou falando de sua bisonha seleção de futebol. Estou falando das bandas que surgiram lá nos últimos anos. Além da “entidade” AC/DC, que dispensa comentários, tivemos o Vines e agora Wolfmother e este Jet.
Quando ouvi uma baladinha (vou falar dela depois) deles no rádio, virei o nariz. Depois que ouvi um cover deles no Galleria, achei afudê e fui atrás. Porra, a banda é legal e até aquela baladinha tem sua razão de ser.
E por quê? Por que o Jet pegou a santíssima trindade do rock (Beatles, Stones e Who) como influência básica. E aí que o bixo pega ! Dizer “nossa banda soa como Beatles” beira o ridículo. Portanto, os “aussies”, espertamente, colaram no “conceito” das bandas homenageadas. E qual o conceito? O de disco como “conjunto de singles”, ou seja, tem rockzão, tem riff de guita a lá Keith “meu herói” Richards, balada com piano, faixa experimental, countryzinho (humm, parece “Wild Horses” do Stones...) refrão grudento, entre outros.
O Cd e a banda são legais por causa disto: nos levam a uma época em que os artistas se aventuravam por todas as frentes, sem medo de como ficaria o resultado. E é esse o mérito do Jet : coragem e raça ! Todas as faixas convencem, até a tal baladinha “Look what you´ve done", que é babinha, mas lembra Beatles pra caralho.
Resumindo: vale a pena ouvir os caras! Se você não curte aquelas de “banda-nova-que-imita-os-ídolos-dos-anos 60”, nem vai atrás, por que as referências quase beiram a cópia.
Nota do Dani : 8,5

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Cheguei a 30 postagens nesta bosta ! Estou indo assoprar as velinhas !!!

ESTES BARES DA VIDA : Bar do Tio Carlinhos

Pois é, né ! Como se não bastasse tanto lixo cultural neste site, resolvi criar uma nova série. Depois da RESENHA DA SEMANA, agora é a vez do sensacional :
ESTES BARES DA VIDA !
Sim, vou me prestar a fazer um pequeno roteiro sobre os botecos, bodegas, botequins e demais muquifos da cidade. Não vale bar noturno chique. Aqui só vão estar os clássicos, os roots, os sensacionais BARECÕES !
O primeiro contemplado é o tradicional Bar do Tio Carlinhos, reduto dos gazeteiros do Centro. Fica localizado na 18 do Forte, em frente ao Carmo. Gerações de pinguços passaram por aqueles bancos de plástico rotatório (clássico e requisito básico para todo bareco), seja para matar aula, encher a cara ou por pura vadiagem.
O bar é tão roots, que nada mudou na decoração, móveis, pintura, etc. nos últimos 15 anos. Se bem que, ultimamente, o tio Carlinhos vem diversificando seu empreendimento e colocou uma mesa de sinuca nos fundos, um guichê para fazer cópia de chaves (sob supervisão do seu guri) e um balaio de revistas.
O atendimento é um espetáculo a parte: a esposa do Carlinhos fica batendo papo o dia inteiro e quando entre um mísero freguês, ainda o deixa esperando. O Carlinhos chega batendo no balcão perguntando: “quê que manda, guri?”. O filho deles tem cacoete de piscar o olho e não fala nada, só aponta o dedo e te olha com cara de: “que tu quer, FPD?”.
Relevância do bar? Serve para tomar aquele pingado ou pretinho, com cigarro. Mas leve uma carteira, pois eles não vendem crivo no bar. Só vendem cigarro avulso, de marcas duvidosas (R$ 0,10) e Marlboro vermelho com a caixinha rasgada em cima (R$ 0,40).
Outra curiosidade: o tio Carlinhos não deixa mais que duas mesas na rua, mesmo que isto represente uma brutal perda de dinheiro e clientes. Discutir política com ele também é divertido, pois ele defende a pena de morte a todos os políticos. E ele o faz com tanta ferocidade que chega a ponto de expelir graciosos perdigotos na cara do interlocutor.
Nível de botequice : 8

domingo, junho 18, 2006

Medo?

Medo? Aquele que paralisa, que nos torna expectadores da vida?
Sim, esse torpor enfraquece. Isto impede que muitas coisas aconteçam.

Descobri hoje que não tenho medo. Não terei medo. Risquei esta palavra do meu cotidiano.

Acabe com o medo. Risque ele do mapa !

SHOW ASTROZOMBIES 16/06/2006

Segue fotos que a Carol tirou do show . O cara feio da frente sou eu.
Obrigadão, Carol :-)

quinta-feira, junho 15, 2006

RESENHA DA SEMANA : Snow Patrol (Open Eyes)

Ok, Snow Patrol eh praticamente pop. Sempre tive preguiça para ouvir pop, pois meu saco não suporta. Porém, meu dever de metido disse : "Dani, ouça isso para ter uma opinião". Portanto tenho a dizer o seguinte :
A favor
1 - Snow Patrol sabe lidar com as melodias como poucas bandas na atualidade, algumas músicas são simplesmente fantásticas;
2 - As músicas são "Chasing Cars" e "Shut your eyes", que vão estar no TOP 100 do século XXI;
3 - A banda é irlandesa e não de Nova York;
4 - Snow Patrol não soa fake e eles não vestem modelitos americanos "by 1974";
5 - Os músicos sabem tocar e não tem vergonha em compor músicas adocicadas;
6 - A capa do disco é linda demais;

Contra :
1 - Eles deveriam ter vergonha pelo fato de algumas músicas soarem adocicadas DEMAIS;
2 - Irlanda me lembra U2 e algumas músicas do SP também;
3 - O disco é muito longo , o que o torna cansativo;

Total : 6x3. Então, ouça o disco e tire suas conclusões.
Nota do Dani : 7,5

Hoje!

Seria hoje e não consigo esquecer!
Poderia estar eu, na espera de tua chegada neste exato dia, Perpétua!
Está frio e poderia aguardar você chegar para dar aquele abraço e te cobrir de beijos para espantar o gelo da madrugada, que agora me atormenta.
Eu esperaria pelo teu telefonema : "Cheguei, porra ! hehehe"
E nós iríamos para algum lugar... qualquer lugar. Pois, com você, não existe lugar ou momento ruim de se viver.
O importante seria poder ver seu rosto feliz, estampado com a mesma alegria daquele dia que viajei de avião (risos : lembra como estava atordoado? hehehe)
E este dia não sai da minha memória. E nunca saiu, para minha felicidade.
São tantas palavras lindas : "feliz, alegria, reencontro..."
Mas chegará o dia que poderei falar diante de você tudo o que sinto. E tudo que representas para mim.
E poderemos rir juntos, naquele cenário que imaginaste. Com a vantagem de, finalmente, termos um ao outro.

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Ei, a porra da nova resenha vai sair, se acalmem !

domingo, junho 11, 2006

Gênesis

Outrora era caos e trevas na Terra. Até o momento que Yasu criou a luz, aquecendo aquela terra fria, deserta e estéril.
Yasu conseguia enxergar sua terra, mas a achou muito vazia e criou rios verdes e mares azulados. Na terra, criou as plantas alucinógenas que possibilitavam, a quem as provasse, enxergar a morada divina de Yasu.
Mesmo uma terra assim deveria ter seus seres e Yasu criou elefantes cor-de-rosa, macacos cantores, pássaros alaranjados que davam vôos rasantes sobre a Terra. Depois de uma grande festa entre os seres da Terra, nasceu o medroso homem, que ficou de canto na festa e dormiu até ela se findar.
Quando o homem acordou, mijou toda a cerveja que os macacos lhe deram para tomar e foi procurar algo para comer. Encontrou saborosos frutos em uma planta que lhe sorria.
O homem pirou com as cores que via na Terra e Yasu achou bom. O homem fez uma cabana com pedras e palhas perfumadas e Yasu achou bom. O homem caiu de pauladão do telhado de sua cabana e Yasu não achou nada bom...
Para evitar que o homem enlouquecesse e se matasse com tantas opções de alucinógenos, Yasu criou a mulher à partir da mais brilhosa estrela do firmamento. Yasu lhe falou : “deves amar o homem, gerar outros homens e mulheres e, sobretudo, controlar os ímpetos deste maluco que criei”.
O homem estava babando no chão, atordoado com o tombo, quando viu aquela criatura maravilhosa chegar ao seu lado e lhe enlaçar com seus braços e pernas. Yasu achou bom e o homem mais ainda...
Os anos se passaram, o homem aprendeu a lidar com os alucinógenos da Terra. A mulher, centro de toda a vida na Terra, mantém as coisas em sua devida ordem. Os diversos filhos gerados pelo casal, montaram bandas de rock´n roll de diversos estilos. E Yasu achou tudo muito bom.

sábado, junho 10, 2006

Ode à Desordem ou A Incrível Arte de Pagar Imposto para Sustentar Vagabundo

Vou evitar introduções e análises pseudo sociais : a invasão do Congresso Nacional pelo MLST ( nem sabia que existia essa merda!) me deixou furioso. Pior, me deixou indignado. Não aquela indignação pelo ato em si. Indignado por ter que trabalhar, estudar, deixar meu lazer,minha familia, meus amigos de lado e ...
PAGAR IMPOSTO !
Sim, eu que paguei o onibus que levou a vagabundagem p Brasilia. Eu que financiei esse bando de filho da puta baderneiro!
Enquanto eu tava me quebrando, construindo este país, gerando emprego e fazendo esta bosta CRESCER, tinha gente fazendo o contrário : destruindo, confundindo, em nome de um tal de movimento que só tem VAGABUNDO, PORCO , SEM-VERGONHA E SEM VONTADE DE TRABALHAR.
VÃO TOMAR NO CÚ, SEUS BOSTAS, ESCÓRIAS DA SOCIEDADE.
Se esforçem como eu e como você que tá lendo esta merda. Onde se viu colono sem-terra? Alguem viu algum? Pago uma cerveja para quem me mostrar.
Colono sem terra de verdade está trabalhando em algum lugar, lutando para sobreviver. Colono sem terra é digno por que TRABALHA. Esses estrumes humanos nem sabem o que é terra, o que é enxada, nao tem mão calejada e o corpo cansado. De novo: VÃO TOMAR NO CÚ, BANDO DE VAGABUNDO!
Pronto, passou.
Ah, antes que me xinguem, meus bisavós eram sem-terra. Pagaram pela terra com trabalho desde que sairam da Itália até morrerem aqui. Sem choro, sem pedir ajuda para o governo e invadir a terra dos outros que trabalharam por ela. Este é o único jeito de ser DIGNO.

terça-feira, junho 06, 2006

RESENHA DA SEMANA : LOVE - Forever Changes (1968)


O Love surgiu em meio ao boom psicodélico, na segunda metade dos anos 60. Porém, ao contrário de outras tantas bandas do período, não obteve tanto sucesso. Isto se deve ao caráter de seu líder, Artur Lee, um cara que fugia das câmeras e da mídia, como o diabo da cruz. Se isto serviu para o Love ser uma banda pouco reconhecida, também serviu para lhe dar um ar “cult” (odeio essa palavra, mas na falta de outra...).
O tal Artur Lee ainda era parceiro do “Divino Negão” Jimi Hendrix. Ambos os compositores nutriam o mesmo interesse em outros estilos combinados ao rock, desde música mexicana até clássica. Todo essa visão do Love, em busca de novas fronteiras musicais, estão neste Forever Changes, terceiro disco dos caras.
De um modo geral, é um disco difícil e complicado. As estruturas musicais são totalmente quebradas, parece que as idéias ferviam na cabeça de Artur Lee (o que será que esse cara tomava? Quero um pouquinho...) e ele queria colocá-las todas em uma faixa. Um absurdo! A loucura bateu lá e morreu !!!
Sério, esse é um disco doidão. Ele é bom, mas passa longe de clássicos lisérgicos como Sgt. Peppers (não vou falar de quem é, por amor...), The Gates of Piper of Down (Pink Floyd) e Axis:Bold as Love (Hendrix). Vale a pena ouvir as faixas “Alone Again or...” e “You Set the Scene”, que são massa. As outras são legais também, mas tem muito de “estar no espírito”, se é que vocês me entendem.
Se você não tem nenhum pingo de lisergia no seu DNA musical, caia fora. Isso não é para ti. Agora, se você curte uma viagem musical por longínquos paraísos artificiais, vá de cabeça.
NOTA DO DANI: 8

Manja a capinha do disco!

domingo, junho 04, 2006

Resenha

Bá!
Essa semana nem deu para fazer resenha. Tenho uma pá de coisa o resenhar... Aguardem

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O show de hoje (Domingo) foi do caralho. Pena q eu tava de ressaca e não consegui cantar todas as músicas no final.

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Maldito trbalho de conclusão. Tô com dor de estomago de novo por causa dessa merda...

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Perpétua! Te adoro...
I wish you were here

sábado, junho 03, 2006

sumiço

Bain!
Que semana foda...
Correria para entregar o meu trabalho de conclusão! Tô chegando no fim. Dia 05 de Agosto, vamos encher a cara com muito gosto e brindar o novo bacharel em Administração de Empresas!

The Return !

Opa!
Depois de uma semana de abandono. Tô de volta.
O blog tá ficando famoso! Recebi um e-mail de um fã nervoso do Arctic Monkeys(!), questionando minha opinião sobre o disco dos caras.
Segue os dois e-mails, para compartilhar com meus leitores queridos:

"Prezado Dani_basso!
O que te levou a resenhar o melhor disco do século XXI desta forma? O disco do Arctic é fantástico, ouviu ele direito?
Eu fico endignado (sic) com tipos como você que ficam aí detonando bandas novas. Se quiser ver velharia, vai ver o clipe da Madonna (nota:o que tem a ver???) e deixa os fãs de rock em paz.
O Arctic veio para ficar e você vai sumir em breve (nota2: isto seria uma ameaça de morte?)
Atenciosamente
Fulano"

"Querido Fulano!
Obrigado por ler meu blog!
Infelizmente você não acessou todos os tópicos, não é mesmo? Veja quantos lançamentos que resenhei e falei muito bem. Aumente seu poder de percepção, ouça MUSICA e não vá atrás dos rótulos da MTV ("melhor disco do seculo","banda nova", "velharia", "clipe", dá para ver que tú é rockeiro de apartamento mesmo!!!)
Eu achei o disco do Arctic muito fraco , se comparar com tudo que falam deles aí. Tudo é QUESTÃO DE OPINIÃO E GOSTO PESSOAL. Se não gostou do que leu, paciência. Se eu fosse escrever para todo mundo que tem opinião contrária da minha, ficaria apenas fazendo isso minha vida toda.
Ah, quando você ler outra resenha e não gostar, procure ficar INDIGNADO e não ENDIGNADO, por favor!
um beijo
Dani_basso"