RESENHA DA SEMANA : LOVE - Forever Changes (1968)
O Love surgiu em meio ao boom psicodélico, na segunda metade dos anos 60. Porém, ao contrário de outras tantas bandas do período, não obteve tanto sucesso. Isto se deve ao caráter de seu líder, Artur Lee, um cara que fugia das câmeras e da mídia, como o diabo da cruz. Se isto serviu para o Love ser uma banda pouco reconhecida, também serviu para lhe dar um ar “cult” (odeio essa palavra, mas na falta de outra...).
O tal Artur Lee ainda era parceiro do “Divino Negão” Jimi Hendrix. Ambos os compositores nutriam o mesmo interesse em outros estilos combinados ao rock, desde música mexicana até clássica. Todo essa visão do Love, em busca de novas fronteiras musicais, estão neste Forever Changes, terceiro disco dos caras.
De um modo geral, é um disco difícil e complicado. As estruturas musicais são totalmente quebradas, parece que as idéias ferviam na cabeça de Artur Lee (o que será que esse cara tomava? Quero um pouquinho...) e ele queria colocá-las todas em uma faixa. Um absurdo! A loucura bateu lá e morreu !!!
Sério, esse é um disco doidão. Ele é bom, mas passa longe de clássicos lisérgicos como Sgt. Peppers (não vou falar de quem é, por amor...), The Gates of Piper of Down (Pink Floyd) e Axis:Bold as Love (Hendrix). Vale a pena ouvir as faixas “Alone Again or...” e “You Set the Scene”, que são massa. As outras são legais também, mas tem muito de “estar no espírito”, se é que vocês me entendem.
Se você não tem nenhum pingo de lisergia no seu DNA musical, caia fora. Isso não é para ti. Agora, se você curte uma viagem musical por longínquos paraísos artificiais, vá de cabeça.
NOTA DO DANI: 8
Manja a capinha do disco!
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial