DRUNKEN BUTTERFLY

Cultura underground e textos doentios

domingo, maio 21, 2006

E só resta o silêncio

Relembramos o passado estes dias, mas o passado se tornou meu presente...
Ainda sinto o arrepio de falar com ela!
Eu procuro por uma mensagem, por um sinal. Preciso de alguma coisa dela.
Eu olho as fotos, eu puxo as imagens da memória.
Mas nada se compara em falar com ela.
E tocá-la entao?
Por onde ela anda? O que ela sente?
Todo dia é um dia a mais ou um dia a menos?
Calendário na mesa do escritório, e eu fico contando 1,2,3,15,22... dias...
A espera desta vez, é de alegria. Fico planejando em minha mente tudo o que direi, tudo o que falarei...
Mas onde ela está?
Está longe, mas muito perto. Está em todos meus pensamentos...
Hoje sentei em um café. Como queria ela aqui comigo! Como queria dividir um cigarro, segurando sua mão, roubando um beijo.
A fumaça do café dança diante de meus olhos, o alcatrão borra meus dedos, enquanto eu só penso nela. Fico imaginando um diálogo:
- Como foi seu dia?
- Um saco (ela é nervosinha...), toh estressada!
- Toma seu cafezinho e se acalma, comprei Marlborão!
- Me dá dois hehe
- O que vamos fazer hoje?
- Vamos ao cinema?
- Cinema?
- Sim, tem um filme massa passando.
- Eu estava pensando em tomar uma cervejinha, comer um petisco...
- Boa idéia! Está frio mesmo... cerveja ou vinho?
- Vinho!
- Então vamos, terminou seu café?
- Sim, mas o cigarro não. Senta aí, que ansioso!
- É, sabe, sangue italiano...
Ah sim, um prosaico diálogo entre casal. Um simples diálogo.
Mas você nem sabe o quanto daria para viver este diálogo com ela.
E agora, na hora de dormir, imagine para quem vai meu ultimo pensamento?
Sim!
Mas estou sozinho
e só resta o silêncio...

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