DRUNKEN BUTTERFLY

Cultura underground e textos doentios

sábado, maio 20, 2006

RESENHA DA SEMANA : MUSE (Absolution) - 2003


Existem discos que o cara começa a ouvir e acha que vai encontrar o “som dos anjos”! Prepara-se como um ritual, coloca o “play”, fecha os olhos, porém se decepciona rapidinho. Por outro lado, existem outros que tu não dá um puto para a banda. Pega (mais uma vez, no sentido de baixar hehe), deixa meio que de canto, nem dá bola e, um dia, resolve ouvir. E aí que as boas surpresas acontecem...
O segundo exemplo é o caso do Muse e o seu Absolution! Fui ouvir de curioso e na primeira ouvida exclamei : “PUTA QUE PARIU, CARÁI DE SOM”. Segundo a própria banda, a intenção artística é resgatar o progressivo dos anos 70 e atualizá-lo em uma roupagem do século XXI. Entre as influencias principais, a banda cita a entidade Queen. Parece pretensioso?
À primeira vista, parece sim. Mas basta apertar o play e conferir que Absolution desce macio e vai muito além das citadas influencias. O Muse reúne tudo o que de melhor foi criado dos 70´s para cá. De cara, você pode dizer que parece Radiohead. De fato, o vocal tem aquele estilo dramático do “creep” Thom Yorke, mas as comparações terminam aí. Se quiser uma síntese do disco, ouça direto Stockholm Syndrome : distorção no talo, um riff cavalo de bom e uma batida quase tribal, tudo emoldurado pelo vocal sempre eficiente e atmosférico.
As demais faixas não ficam para trás e são REALMENTE muito boas. Recomendado para quem curte um som mais frio, técnico e inovador.
NOTA DO DANI : 8

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