DRUNKEN BUTTERFLY

Cultura underground e textos doentios

sexta-feira, maio 26, 2006

RESENHA DA SEMANA : Wolfmother (Idem) - 2006


Tenho a imensa honra de ser o primeiro resenhista brasileiro a escrever sobre esta obra-prima do rock´n´roll ! É sério !!! Procurei na Net informações sobre o Wolfmother e consegui umas breves menções e só. Nada de comentário, resenha, porcaria nenhuma... Então, em 1ª mão no Brasil :
Ouvi falar que esta banda era um novo Black Sabbath. Para quem me conhece, o Black Sabbath é a minha banda favorita desde guri novo, então, é óbvio que fui procurar ouvir o Cd dos caras. Nem precisa dizer que estava com os dois pés atrás, pois soar como o Sabbath não é bem assim. Bem, digo que na 1ª faixa já estava rendido ao som destes australianos . Que banda do caralho! Que CD do caralho, vai se foder!!!!!!!! Os caras tiveram a manha de pegar todas as bandas clássicas dos anos 70 e tocar em pleno 2006, sem soar datado, bem pelo contrário. O frescor das composições transborda, a atmosfera é de total rock´n´roll, sem frescura, sem ar de revival ou hype, sem afetações, caras e bocas. É bateria, guitarra, baixo e um vocal fudido, bem gritado, estilo Ozzy nos primeiros discos do Sabbath, do Led, do Purple, e de toda essa galera aí.
Porém, tem músicas com teclado também, naquele climão do Purple ou do Jethro Tull, e é aí mesmo que todas as tuas defesas caem por terra. Os caras são bons mesmos, são MÚSICOS e não palhaços de palco, micos adestrados e outras porcarias que surgem aos milhares por aí...
Desculpe a emoção, mas fazia tempo que não ouvia algo com tanta vitalidade, com tanta energia e “culhões”. Se tu gosta das bandas citadas até agora, alem de Blue Cheer, Free, Steppenwolf, Uriah Heep, Jimi Hendrix Experience, entre outras gemas da música, vai atrás agora. (tenho para copiar hehehe)
Como de praxe com os discos fora de série, farei um faixa-a-faixa para demonstrar melhor a qualidade desta loucura aqui.
01 Dimension : começa com um grito, depois é rifferama direta, umas lentas, outras aceleradas, no melhor estilo Sabbath, muito rocker !!!
02 White Unicorn : pelo que saquei é a faixa de trabalho deles, com letra psicodélica ( unicórnio branco é foda !), com partes acústicas que do nada desandam em porrada (Led Zep?).
03 Woman : se pá, a melhor do disco! Pesada, mas com feeling, outra bem na linha Black Sabbath, principalmente no vocal.
04 Where Eagles Have Been : novamente se valem do contraste acústico climático X hard rock explodindo tudo!
05 Apple Tree : bem rockeira e rápida, com caídas de tempo e riffs levanta-defunto.
06 Joker & The Thief : guitarras pesadas duelam com sintetizadores dos anos 70, afudê pra carái.
07 Colossal : a faixa mais técnica, com quebradas de tempo, vocais quase declamados. Poderia estar no “Sabotage”.
08 Mind's Eye : outra candidata ao posto de melhor faixa. Uma balada épica, com direito a um belo solo de teclado (John Lord aprovaria certo!), que termina no melhor estilo fanfarra, tipo Starway to Heaven. Se for para conhecer a banda, ouça essa, meu !!!
09 Pyramid : outra com letra demente, baixo gordurosão, bem 70´s, lembra Uriah.
10 Witchcraft : Nessa os caras apelaram, tem até solo de flauta, certamente homenageando o Sir Ian Anderson (God!). Poderia estar em qualquer disco velho do Jethro Tull.
11 Tales (from the Forest of Gnomes) : “Contos da Floresta dos Gnomos” ! O título dá a exata dimensão da viagem da música e é por isso que é legal...
12 Love Train : mais swingada, tanto a letra quanto o som lembra as músicas mais “alegres” do Led.
13 Vagabond : Não poderiam ter escolhido faixa melhor para encerrar este disco. Uma canção folk, com quebradeiras no meio, vocais agudos, ruídos. É o fim, meu amigo! É o fim !!!
NOTA DO DANI : 10 (acredite, é 10 mesmo)

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