DRUNKEN BUTTERFLY

Cultura underground e textos doentios

segunda-feira, maio 01, 2006

Paredes brancas

Por mais que eu ande
na direção contrária
sempre darei de cara
com as paredes brancas

Na há janelas
e não há portas
apenas as mesmas paredes brancas
que machucam meus olhos
com seu brilho cego

Por mais que eu chore
e grite alto
A parede não se move
e as portas não se abrem

Não surgem saídas
e nenhuma brisa
para aliviar minha
claustrofobia

Vou abrir um buraco
Nestas paredes brancas
Com minha própria cabeça
E meus próprios dentes

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