Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band
Exatamente a 40 anos, no dia 1º de junho de 1967, foi lançado o mais controverso, simbólico e influente disco dos Beatles, o cultuado Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band. Sua presença na música pop e na cultura moderna é tão marcante, que é praticamente impossível você nunca ter visto sua capa ou ouvido uma de suas músicas, seja o original, quanto suas versões/tributos.
A importância deste disco reside na combinação do momento histórico, com as mudanças sociais em curso, somadas à uma explosão artística nunca vista anteriormente na música popular. Os tumultuados anos 60, a efervescência do pós-guerra, a contra-cultura, o paz e amor, entre tantos tópicos entraram no caldeirão dos cabeludos de Liverpool ou foram frutos deste.
Mas, o nosso negócio não é sociologia e sim música!
Os Beatles já eram a maior banda de rock do mundo: tinham revolucionado o rock umas duas vezes (primeiro com o iê-iê-iê e depois com os experimentos da dobradinha de discos Rubber Soul/Revolver). Suas turnês possuíam cifras astronômicas, tanto em dinheiro quanto em público. Porém, algo mais estava por vir.
Durante o ano de 1966, os Beatles anunciaram que não excursionariam mais. A imprensa viu nisso um sinal de uma possível separação do quarteto. Este fato, mais o boato da morte de Paul e os projetos particulares dos seus integrantes (filmes, viagens à Índia e colaboração com outros artistas), levavam a crer que os Beatles não tocariam mais juntos.
O lançamento do single Penny Lane/Strawberry Fields Forever, foi o sinal que o mundo aguardava. E, curiosamente, foi a primeira vez que um single dos Beatles não foi direto para o nº 1 das paradas.
No já citado dia 1º de junho de 1967, o mundo ouviu o Sgt. Peppers e prendeu a respiração: um clima de espetáculo anuncia Sgt. Peppers, a música, que já emenda com With a Little Help from my Friends cantada por Ringo. Lucy in the Sky with Diamonds e sua referência ao LSD irritou a censura, mesmo que John tenha se baseado na história de Alice no País das Maravilhas. Pianos e progressões em acordes marcam Getting Better e Fixing a Hole, músicas que influenciariam o Rock Progressivo. She´s Leaving Home, com suas melodias suaves e arranjo de cordas quase celestiais. Ritmos circenses em Being for the Benefit with Mr. Kite e os delírios de John Lennon. A cítara Indiana de George em Within You, Without You mostra a versatilidade compositora da banda. When I´m Sixty-Four é barroca, com o clarinete tomando a frente. Lovely Rita mostra Paul versando sobre o cotidiano. Good Morning é a crítica social costumaz de John, onde sons de animais encerram a música, desde um passarinho, um gato, um cão, terminando em um grito de um elefante! Sgt. Peppers(reprise) é rocker, fechando o conceito do álbum e A Day in the Life é o caos épico, com um arranjo orquestrado que progride com todos os músicos tocando qualquer nota até desabar em um baque surdo que acaba com a maior viagem sonora criada pelo homem.
O impacto da obra seria sentido dias depois, como Jimi Hendrix fazendo um cover de Sgt. Pepper, a música em seu show na Inglaterra. Todas as bandas da época ficaram boquiabertas com álbum e entraram na onda, umas com sucesso e outras nem tanto. Brian Wilson, dos Beach Boys, que rivalizavam com os Beatles na época, no quesito inovação musical, ficou perturbado mentalmente e abandonou as gravações do disco Smile, o qual seria concluído apenas 30 anos depois.
Enfim, laudas e laudas poderiam ser escritas a respeito deste álbum e jamais dariam a dimensão exata desta revolução musical. A sugestão deste humilde redator é que você deve ouvir este disco para comprovar. E se você já ouviu, ouça novamente. Cada audição é única, pois novos detalhes vão surgir. Coisas de quem foi a maior banda de rock do mundo...
7 Comentários:
"...mesmo que John tenha se baseado na história de Alice no País das Maravilhas".
E a Lucy, colega de aula de Shean Lennon que virou o desenho intitulado "Lucy in the Sky with Diamonds"?
Olá anônimo!
O nome Lucy foi inspirado na coleguinha do Sean e John teve a idéia para a música a partir do desenho que o Sean fez dela. Porém, a história descrita na letra e seus cenários fantásticos tem por base “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carrol, tanto que o dito cujo está na capa do Sgt. Peppers, ao lado do George, depois da Marlene Dietrich. Se compararmos os dois textos, pode-se comprovar as similaridades.
http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL43725-7085-318,00.html
Daê Sr. Dani... muito bom esse link da grobo.
o véio... vcs estão viajando, a colega era do Julian... o desenho é do Julian.
Falô.
Isso,isso,isso Diegão!
O Sean não era nascido na época.
Ma é io porco zio, valeu a dica. Agora não sei se o comentário da Grobo foi sério ou tiradinha...
Foi meu post com mais comentários, tri!
Viva o Rock!!! :b
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